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Aprenda a converter MP3 em streaming musical

  • Foto do escritor: Rebobinando
    Rebobinando
  • 18 de set. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 23 de nov. de 2019


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Nos meados dos anos 2000, com a popularização do computador e do acesso a internet, o jeito mais acessível, ainda que fosse considerado “pirataria”, de ouvir música digital era através de download de MP3. O formato de arquivo foi popularizado, se tornando a forma mais barata de obter os lançamentos musicais da época. Ninguém queria saber se a indústria fonográfica estava de cabelo em pé pela queda de vendas dos CDs físicos. Todos só queriam um link que funcionasse para ouvir o que estaria na parada musical.


A forma de ouvir música passava por um processo de transformação. Com o declínio do CD e ascensão do formato digital, as pessoas passavam a consumir música através dos aparelhos que suportavam o novo formato. Como a lógica é lucrar, grandes gravadoras tiveram que se adaptar a revolução que acontecia. Surgiu, então, a venda de álbuns online, onde era possível ter o CD no formato digital, sem pirataria.


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Mas como controlar os torrents da vida? Por mais que a venda de álbuns online tenha representado um salto tecnológico, a ideia de pagar por um único CD ainda estava presente e afastava os consumidores. E por que não pagar pelo acesso e não pela posse? Com tal questionamento, o Spotify chegou ao mercado fonográfico em meados de 2008, se popularizando nos Estados Unidos em 2011, oferecendo aos clientes o streaming musical: ingresso numa infinidade de músicas online, pagando uma quantia mensal.


A internet se torna mais veloz e o serviço de streaming melhora. Os smartphones impulsionam o crescimento de acesso aos serviços digitais, melhorando a experiência musical. Diversas empresas atualmente oferecem serviços não só de streaming musical, mas integrando outros serviços online no seu rol de produtos. A Amazon, que até então era um site de vendas de eletrônicos, agora entra na disputa do streaming com a Prime Vídeo, que disponibiliza filmes e séries online, e a Prime Music, responsável pela área musical.


Para os saudosistas, não é o fim do CDs físicos. Quem diria que os vinis, ou bolachão, estariam com tudo novamente?! Cada vez mais artistas fazem versões dos seus álbuns para o formato, que, para alguns, caiu em desuso. Para Jean-Louis Weissberg, no texto Paradoxos da Teleinformática, existe uma aceitação de novas tecnologias sem o desaparecimento das antigas. “A relativização traduz-se especialmente por formas inéditas de coexistência entre modalidades recentes e antigas”, cita Weissberg.


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Se antes já era difícil entrar numa loja de discos e não se distrair com uma infinidade de produtos, como controlar os algoritmos do streaming? No momento mais improvável, é sugerido uma playlist com artistas que não fazem parte dos seus favoritos. Procurar pelo som novo pode ser uma grande descoberta ou decepção, mas de alguma forma será uma nova configuração na sua rede.


Pierre Muso define rede, em A Filosofia da Rede, como “uma estrutura de interconexão estável composta por elementos de interação, e cuja a variabilidade obedece uma regra de funcionamento”. Chegamos ao X da questão. O Spotify não divulga como os artistas ganham destaque na sua plataforma. Ora explica porque eles são mais buscados, ora argumentam que tem a ver com o perfil de cada usuário. Por mais que cada pessoa estabeleça preferências, os aplicativos de streaming sugerem novos produtos, com regras não claras desta oferta.


Fato é que o streaming tem crescido. Segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês), somente no ano passado, 47% de toda receita mundial de música gravada veio do serviço online, representando um valor de US$ 8,93 bilhões. A tecnologia usada para juntar tais cifras bilionárias precisa ficar clara para os usuários. Como funciona, o que comem e onde habitam não pode estar somente disponível na sexta, no Globo Repóter.

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